Marcha das Margaridas toma Brasília em defesa da soberania e da democracia
Centenas de mulheres marcharam por 6 km em direção ao Congresso Nacional
O dia 14 de agosto foi marcado pelo movimento Marcha das Margaridas onde centenas de mulheres marcharam por 6 quilômetros em direção ao Congresso Nacional. Ivanilda Reis, coordenadora geral do SINTUR- RJ e a coordenadora geral da Fasubra, Vânia Gonçalves, marcaram presença nessa luta representando as entidades.
A pauta da Marcha 2019 tocou em pontos como a defesa da terra, água e agroecologia; da autodeterminação dos povos, com soberania alimentar e energética; pela proteção e conservação da sociobiodiversidade; por autonomia econômica, trabalho e renda; por previdência e assistência social pública, universal e solidária; por saúde pública e em defesa do SUS; por uma educação sexista e antirracista e pelo direito à educação do campo; pela autonomia e liberdade das mulheres sobre seu corpo e sua sexualidade; por uma vida livre de todas as formas de violência; por democracia com igualdade e fortalecimento da participação política das mulheres.
Companheiras do SINTUR- RJ e Vânia Gonçalves, coordenadora geral da FASUBRA.
O nome da marcha presta homenagem à Margarida Maria Alves, ex-presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Alagoana Grande, na Paraíba. Ela foi assassinada em 12 de agosto de 1983, a mando de latifundiários da região. Os responsáveis pela sua morte nunca foram punidos, mesmo com a repercussão internacional do caso, que chegou a ser denunciada à Comissão Interamericana de Direitos. Para manter viva a sua memória, sua casa foi transformada em museu. Nas paredes do lugar está cunhada a frase mais famosa de Margarida: "Da luta eu não fujo. É melhor morrer de luta do que morrer de fome".
Margarida Maria Alves, ex-presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Alagoana Grande, na Paraíba
A companheira de luta Meiry Valentim compartilhou em sua rede social a experiência na Marcha: “Não tenho palavras para expressar a honra de marchar ao lado das Margaridas hoje. Marchamos ao lado das maranhenses, e em meio a mais de 200 mil mulheres indígenas, cearenses, nordestinas, mulheres trabalhadoras de todo o Brasil.”. Nesse momento de unidade e de grande demonstração da força das mulheres trabalhadores, Meiry também diz: “Chorei, sim, penso na crueldade que esse governo trata e desrespeita a todas nós e isso é repugnante. Mas somos resistência, e nosso recado foi dado, Seguimos na Luta contra o feminicídio, xenofobia, racismo e toda forma de violência. Resistir, Lutar, Vencer!!”.
SINTUR- RJ, resistir para existir!