GREVE DOS CORREIOS

Postado: 11/09/2020

Com parte das ações da greve dos trabalhadores dos Correios, nesta sexta-feira (11), a categoria está convocado um Dia Nacional Unificado de Luta pelo país. No mesmo dia, está prevista uma audiência de conciliação, às 15h, no TST (Tribunal Superior do Trabalho) entre os trabalhadores dos Correios e a direção da empresa. Iniciada em 17 de agosto a greve chega em sua quarta semana com forte adesão ao movimento.

A data compõe o calendário de mobilizações da greve que tem movimentado esses trabalhadores em diversas ações. Os ecetistas são contra a política do governo Bolsonaro e do presidente da empresa Floriano Peixoto que querem privatizar a empresa e retirar direitos.

Nesta quinta-feira (10), os ecetistas de São José dos Campos e região se uniram aos trabalhadores da Embraer, que estão em luta contra as demissões.

Desde o início da semana a categoria tem realizado piquetes, atos e panfletagens como parte da sua luta contra a intransigência da empresa. Foram realizadas ações em Pernambuco, Ceará, e em São Paulo com forte participação da categoria.

Os trabalhadores são contra a retirada de 70 das 79 cláusulas de acordo firmado na campanha salarial passada, que teria validade por dois anos, no entanto, a empresa acionou a justiça e conseguiu derrubar esse direito dos trabalhadores.

A greve se fortalece em todo país, mesmo com o corte de salário na última folha de pagamento e dureza da empresa em seguir com uma política autoritária e de desmonte. A categoria acionou a justiça e segue em alerta para reverter esse desconto absurdo, afinal, a greve é um direito garantido pela lei.

Em sua rede social, na quarta-feira (9), o ministro das Comunicações Fábio Faria criticou a greve dos trabalhadores dos Correios e reforçou a intenção do governo em privatizar a empresa. “Os Correios oferecem um serviço essencial aos brasileiros, que chega a cada município. É legítimo os servidores reivindicarem, mas greve em plena pandemia é totalmente inadequado. No momento da privatização, todos terão oportunidade de levar suas demandas ao Congresso Nacional”.

Uma declaração absurda, já que os trabalhadores estão em luta exatamente porque em plena pandemia a empresa retira direitos e segue com seu plano nefasto de desmonte da estatal, por meio da privatização, que significa demissões e mais precariedade.

O diretor da Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares) Geraldinho Rodrigues, e também integrante da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas, salientou a importância da continuidade das atividades da greve como resposta contra a intransigência da empresa.

“Vamos seguir fortalecendo as ações da greve, mostrar para o presidente dos Correios Floriano Peixoto e para o presidente Bolsonaro que não tem arrego. Não vamos aceitar a entrega da estatal para a iniciativa privada, nem a redução dos nossos direitos”, frisou.

O julgamento do dissídio da greve provavelmente ocorrerá  em 21 de setembro, data que pode ser antecipada pelo TST (Tribunal Superior de Trabalho). Enquanto isso, a paralisação segue, sem arrego.

A CSP-Conlutas segue fortalecendo a greve com chamado às organizações sociais, entidades sindicais e, sobretudo, às estaduais e regionais da Central para que fortaleçam o apoio e a unidade da greve das trabalhadoras e trabalhadores dos Correios.

Fora Bolsonaro, Mourão e Floriano!

Fonte: http://cspconlutas.org.br/2020/09/trabalhadores-dos-correios-em-greve-farao-dia-nacional-unificado-de-luta-nesta-sexta-feira-11/

 

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