Nos últimos dias, temos recebido muitos questionamentos sobre o processo eleitoral para a Reitoria da UFRRJ. No momento, a Direção do SINTUR-RJ ainda não se reuniu para discutir o tema e, por isso, não temos a pretensão de responder todas as dúvidas e firmar, aqui, nenhuma decisão. No entanto, achamos importante utilizar este momento para dar a nossa primeira resposta política sobre algumas questões que consideramos importantes e que fazem parte da forma organizativa e política que queremos garantir a este processo.
A primeira questão é: não abrimos mão da paridade na escolha dos nossos representantes.
Historicamente, esta forma democrática sempre foi exercida na UFRRJ - mesmo no momento mais difícil, quando tivemos a extrema direita no poder. Além disso, a greve dos técnico-administrativos garantiu, no acordo nacional, a discussão da democratização nas universidades e o assunto, obrigatóriamente, passa pela paridade nos Conselhos Deliberativos e na escolha para os Reitores(as).
Sabemos que, atualmente, há uma luta para mudança na legislação, mas, enquanto isso não ocorre, as universidades do país inteiro vêm garantindo a paridade nas eleições. Diante disso, a UFRRJ também deve garantir que a característica seja um elemento central da eleição para a Reitoria.
Não termos uma consulta paritária, além de representar um grande retrocesso para a nossa luta e a história democrática da UFRRJ, seria uma ação de desvalorização de toda a categoria TAE durante este processo de escolha.
Segunda questão: Qual chapa a Direção do SINTUR-RJ apoiará?
Não tem uma deliberação estatutária que proíba a Direção do SINTUR-RJ de apoiar uma Chapa para Reitoria. No entanto, ao longo da história, as Direções do SINTUR-RJ têm adotado o critério de que cada coordenador(a) possui liberdade de apoiar a chapa de sua escolha. A decisão de utilizar este critério parte de um entendimento de não atrelamento do sindicato a nenhuma chapa, dando liberdade aos coordenadores(as) e a base para escolherem quais chapas apoiar. Como dissemos anteriormente, essa deliberação não existe no nosso Estatuto.
Como iniciamos o texto, a Direção atual ainda não se reuniu para deliberar sobre o assunto. Portanto, neste momento, estamos adotando o que historicamente fizemos: cada coordenador(a) tem liberdade para fazer sua escolha de qual Chapa apoiará.
Terceira questão: Qual será a atuação do SINTUR-RJ neste momento de campanha?
Com uma forte greve, os técnico-administrativos conseguiram destacar a importância de quem são e do que fazem. Nosso entendimento é que, nacionalmente, saímos da greve com a categoria mais fortalecida. Apesar disso, sabemos que ainda temos muita luta a ser feita pela valorização e conquistas das nossas pautas de reivindicações.
Trazendo este panorama para um ponto local, o SINTUR-RJ está ainda mais valorizado, mantendo o papel histórico de um sindicato de respeito e de muita luta, que se expressa seja na procura pelos representantes das chapas e ou/na sindicalização de novos associados (as). Diante disso, queremos aproveitar o momento das eleições para promover um amplo diálogo em torno da nossa pauta interna e do que esperamos dos candidatos (as) ao ganharem as eleições.
Abriremos as portas do SINTUR-RJ para todas as chapas que solicitarem; organizaremos, também, reuniões e debates específicos para discussão da pauta dos TAE's. Garantiremos a todas as Chapas o mesmo tratamento democrático na divulgação e organização da atividade solicitada pela Chapa, e organizaremos, juntos aos solicitantes, as melhores datas e horários.
Será a oportunidade de apresentar outras demandas relacionadas a vida laboral dos TAE'S. Por isso, o SINTUR-RJ se coloca como um espaço democrático de discussão neste processo eleitoral.
Sem democracia não existe respeito!
Direção Colegiada do SINTUR-RJ