ESSENCIAL É FAZER GREVE!

Postado: 09/05/2024

E os imprescindíveis?
Quais são os serviços imprescindíveis? 
 
Quando inicia-se uma greve, a preocupação dos(as) Administradores(as) é como atuar de maneira que a greve não impacte nenhum dos serviços que mais trazem cobranças da Comunidade Universitária, para que se mantenha o funcionamento. 
 
O maior objetivo desses Gestores é manter o máximo de serviços funcionando, manter uma normalidade que não o tire do conforto, no nosso caso, de poder defender a greve sem sofrer maiores pressões da comunidade universitária.
 
Discutir os serviços essenciais, que todos e todas identificam sem quaisquer dúvidas, pois são serviços que tratam de saúde, segurança e sobrevivência, no caso da UFRRJ por não ter Hospital Universitário, sabe-se que é um limitador para a apresentação de demandas, e então surgem os imprescindíveis.
 
Tudo ou quase tudo passa a ser imprescindível.
 
Você que trabalha há anos sem quaisquer condições de trabalho, tendo que improvisar para garantir o funcionamento do setor, trabalha em um local sem ventilação, sofrendo assédio moral, nunca se sentiu valorizado, mas na greve descobre que seu serviço se tornou imprescindível.
 
 Como o Comando de Greve atuou até o momento com a lista dos imprescindíveis?
 
Em uma greve quem decide os serviços imprescindíveis são os trabalhadores do setor. Isso porque não consta em nenhuma legislação regras de funcionamento destes setores que a Administração considera imprescindíveis. Só existe regulamentação de funcionamento dos serviços essenciais.
 
Então, o Comando de Greve chama os(as) trabalhadores(as) dos setores que foram listados pela Administração como tendo serviços imprescindíveis e dialoga. São esses(as) trabalhadores(as) que avaliam e decidem o que consideram de fato imprescindível e se organizam para atender as demandas.
A partir dessa decisão, o Comando de Greve volta para a Administração, apresenta a resposta e pronto, nenhum outro serviço além do que foi apresentado pelo Comando de Greve deverá ser realizado naquele setor.
Cabe ao Comando de Greve defender e garantir a decisão dos(as) trabalhadores(as). É greve!
 
Porque o Comando de Greve não divulga a relação dos serviços imprescindíveis? 
 
Os serviços considerados imprescindíveis pela Administração foram  divulgados no início da greve em assembleia.
Não divulgamos mais pois a decisão dos(as) trabalhadores(as) já foi tomada e precisa ser respeitada. Divulgar listas de imprescindíveis geraria uma pressão junto ao setor, pois há uma grande confusão sobre o que é trabalho ou serviço imprescindível. Para alguns se trata de todo o setor e portanto todos e todas deveriam trabalhar.
A outra questão é de quem pode ou não fazer greve nestes setores considerados imprescindíveis. Diferente dos serviços essenciais, aos quais a lei atribui percentuais para funcionamento, nos imprescindíveis não tem isto, então mesmo nos setores considerados imprescindíveis, o direito de greve é garantido para quem quiser fazer greve. O que significa que se determinados serviços de um setor foram considerados imprescindíveis e apenas um dos(as) trabalhadores(as) aceitou trabalhar e não fazer a greve, ele deverá manter o atendimento daquele serviço sozinho até o momento em que ele também decidir fazer a greve.
 
Se fizermos uma divulgação deste setor com a relação do que é imprescindível, os(as) trabalhadores(as) que estão exercendo o seu direito de fazer greve  sofrerão uma pressão para voltarem, pois se na normalidade já temos o déficit de servidores, na greve a redução é ainda maior, afinal quem está em greve paralisou todo o seu trabalho.  
 
Greve não é normalidade 
 
Fazer greve não é fácil e, por isso, tentamos durante meses um acordo nas mesas de negociações, fizemos paralisação, muita mobilização e nada. A solução foi a greve.
 
Garantir o não corte de ponto não foi fácil, afinal ainda temos entre nós servidores(as), incluindo técnico-administrativos, que fazem defesa contra a greve e mesmo tendo decisão nacional de não corte de ponto, adorariam poder cortar ponto e ou/aplicar descontos em nossos contracheques. Portanto conseguimos o mais difícil, garantir nosso direito de fazer greve.
A greve não é normalidade, simples assim. Nada deve funcionar nas universidades como se não tivesse greve.
Os imprescindíveis cumprem o papel de atender parcialmente o que não deve realmente parar e não o que a Administração acha que não deve parar, tem uma grande diferença nestes posicionamentos.
 
Como eu descubro se meu setor foi considerado imprescindível? Quando o Comando de Greve irá me chamar? 
 
Estamos na reta final da greve, um momento decisivo. Estamos fazendo pressão para que o Governo apresente uma proposta que atenda às nossas reinvidicações, que nos valorize.
Portanto, é hora de intensificar a greve!
 
Você que não foi chamado para conversar pelo Comando Local de Greve, entenda que a Administração da UFRRJ não considera seu serviço imprescindível ou, diferente de alguns técnico-administrativos, entendeu que estamos em greve e, portanto, a UFRRJ não funcionará dentro da normalidade. É greve!
 
O momento de você se tornar, de fato, imprescindível é na greve.
Mostre a sua força na luta por valorização.
Imprescindível é o seu direito de fazer a greve.
A greve é feita com responsabilidade. Por isso, a UFRRJ e nenhuma universidade do país para totalmente, mas não precisamos ceder além do que consideramos nescessário.
 
Faça a greve!
Imprescindível, essencial é fazer greve!
 
Qualquer problema, apresente individualmente ao Comando Local de Greve e discutiremos com a Administração.
 
É hora de fortalecer a greve!
Nada de recuo!
 
Comando Local de Greve do SINTUR-RJ

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